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3 de outubro de 2012

‘Ligeirão’ cria novo horário de rush na Zona Oeste


Passageiros que aderiram ao BRT lotam o Terminal Alvorada, na Barra, até tarde da noite.


Rio -  Moradores de Santa Cruz, na Zona Oeste, que largam tarde do trabalho na Barra da Tijuca e passaram a utilizar o ‘ligeirão’ da Transoeste, estão enfrentando novo horário de rush na volta para casa. Por conta da lotação do Terminal Alvorada até as 23h, eles contam que a espera para embarcar nos ônibus que seguem pela via chega, não raro, a 20 minutos.
Para se ter ideia da espera, basta ver o que ocorreu das 23h de segunda-feira passada à 0h20 de terça-feira. Durante 80 minutos passaram pela via 14 ônibus, entre expressos e paradores, conforme O DIA conferiu. Mesmo com a média de um ônibus a cada 5,7 minutos, passageiros contaram que a quantidade de coletivos não deu conta da enorme procura — a maioria funcionários dos vários shoppings da Barra da Tijuca. A cena, segundo eles, se repete diariamente.
Na estação do BRT de Santa Cruz o movimento no início da madrugada é intenso por conta da chegada dos ônibus lotados vindo da Barra da Tijuca | Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia

“Muitas vezes, só consigo embarcar no segundo ou terceiro ônibus. O expresso vem superlotado, e alguns passageiros colocam o pé na porta para ninguém entrar. O parador vem menos lotado, mas a situação também é difícil”, conta o auxiliar de serviços gerais Huilglan Souza Barbosa, 22 anos. Morador de Santa Cruz, ele reconhece que antes do BRT a espera era de pelo menos meia hora. “O terminal sempre foi lotado, com ou sem BRT. Agora fico menos tempo no ponto e o trajeto é mais rápido. Mas somos tratados igual sardinha em lata”, critica Huilglan.
Já o ajudante de cozinha Leonardo Ribeiro, 25 anos, que trabalha no mesmo bairro, costuma chegar ao Terminal Alvorada por volta da meia noite. “Espero 20 minutos para viajar em pé. Quem quer ir sentado tem que aguardar uma hora”, diz. Mas rapidez da travessia, feita em menos de uma hora, compensa a demora . “Antes de ter o BRT, não trabalhava na Barra. Era impossível para quem mora em Santa Cruz. A melhora é considerável, mas é preciso ter mais ônibus”, pede.

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