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a semana passada, depois de uma longa batalha judicial com as
gravadoras, o serviço de streaming de música Grooveshark foi desativado.
Mas uma pessoa ambiciosa e misteriosa me enviou um e-mail com a notícia de que
ela trouxe o site de volta em um novo endereço: grooveshark.io.
O Grooveshark permitia
encontrar músicas na internet de forma tão fácil quanto no seu computador. Era
fazer uma busca, clicar em play e pronto. Por muitos anos, desde que foi
lançado em 2007, este serviço não tinha igual: afinal, nem sempre existiram
alternativas totalmente legítimas com plano gratuito.
Em uma nota postada em 30 de abril em grooveshark.com, os proprietários do site dizem que o
serviço acabou de vez: eles foram forçados a entregar o domínio e a apagar todo
o conteúdo dos servidores, como parte de um acordo com as gravadoras.
O Grooveshark, assim
como o Napster e o Pirate Bay, permanece um ícone importante para quem acredita
que as forças antipirataria vão longe demais ao tentarem proteger seus direitos
autorais. Então, poucos dias depois que o Grooveshark morreu oficialmente, ele
voltou ao ar.
Renascido
(em parte)
Em um e-mail intitulado “Grooveshark, renascido” o remetente me disse
que reconstruiu o serviço em um novo endereço web, grooveshark.io.
Vale notar que ele não permite criar
playlists, nem resgatar seus favoritos do Grooveshark original – na verdade,
nem há como fazer login. (Você pode tentar recuperar suas listas de reprodução
antigas neste link, no entanto.)
O site está cheio de juridiquês, e
alega que o novo Grooveshark na verdade não hospeda nenhuma música: este é
apenas um motor de busca, e os usuários são responsáveis por usá-lo.
O grooveshark.io ficou
no ar por algumas horas até ser derrubado pela empresa de hospedagem. “Mudando
para outro servidor dentro de 1 hora”, o criador do site me disse. E, de fato,
o site está no ar novamente.
Como
eles fizeram isso?
Parece que os
desenvolvedores do site fizeram um backup da maior parte do que estava no
Grooveshark:
O
domínio grooveshark.io foi registrado com um nome e endereço na Ucrânia. Não
sei se esse endereço é real, porque quem está por trás do novo Grooveshark usa
uma empresa de serviços de domínio chamada Cloudflare para esconder a
verdadeira localização de seus servidores.
Mas sempre há um jeito de ressuscitar: aprendemos com serviços
como o Pirate Bay,KickassTorrents e PopcornTime que é possível fugir das autoridades
internacionais e manter um portal rodando por um longo tempo.
Por que
eles estão fazendo isso?
Além do fascínio pelo desafio, é difícil entender por que alguém
iria se arriscar em manter um serviço que, em muitos aspectos, não tem a mesma
utilidade do passado. Como o próprio Grooveshark diz em sua carta de despedida,
há diversas opções legítimas e licenciadas para quem quer ouvir música de
graça. E para baixar músicas ilegalmente, há maneiras mais fáceis e mais
rápidas.
O novo desenvolvedor diz
que já trabalhou no Grooveshark, e seu raciocínio para tentar trazer o serviço
de volta era, inicialmente, “porque SIM, nós podemos. E nós queremos. Simples
assim”. Eu o pressionei um pouco, e ele disse:
Claro,
os detentores de direitos que passaram anos tentando derrubar o Grooveshark
provavelmente farão de tudo para que ele não ressuscite. Mas o desenvolvedor
por trás do grooveshark.io promete resistir: “isso vai ser uma montanha-russa,
mas estamos aqui para ficar”.
Fonte:
Gizmodo Brasil


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