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6 de maio de 2015

Grooveshark volta à vida permitindo ouvir (e baixar) músicas no navegador


N
a semana passada, depois de uma longa batalha judicial com as gravadoras, o serviço de streaming de música Grooveshark foi desativado. Mas uma pessoa ambiciosa e misteriosa me enviou um e-mail com a notícia de que ela trouxe o site de volta em um novo endereço: grooveshark.io.
O Grooveshark permitia encontrar músicas na internet de forma tão fácil quanto no seu computador. Era fazer uma busca, clicar em play e pronto. Por muitos anos, desde que foi lançado em 2007, este serviço não tinha igual: afinal, nem sempre existiram alternativas totalmente legítimas com plano gratuito.

Em uma nota postada em 30 de abril em grooveshark.com, os proprietários do site dizem que o serviço acabou de vez: eles foram forçados a entregar o domínio e a apagar todo o conteúdo dos servidores, como parte de um acordo com as gravadoras.
O Grooveshark, assim como o Napster e o Pirate Bay, permanece um ícone importante para quem acredita que as forças antipirataria vão longe demais ao tentarem proteger seus direitos autorais. Então, poucos dias depois que o Grooveshark morreu oficialmente, ele voltou ao ar.
Renascido (em parte)
Em um e-mail intitulado “Grooveshark, renascido” o remetente me disse que reconstruiu o serviço em um novo endereço web, grooveshark.io.
Vale notar que ele não permite criar playlists, nem resgatar seus favoritos do Grooveshark original – na verdade, nem há como fazer login. (Você pode tentar recuperar suas listas de reprodução antigas neste link, no entanto.)
O site está cheio de juridiquês, e alega que o novo Grooveshark na verdade não hospeda nenhuma música: este é apenas um motor de busca, e os usuários são responsáveis ​​por usá-lo.
O grooveshark.io ficou no ar por algumas horas até ser derrubado pela empresa de hospedagem. “Mudando para outro servidor dentro de 1 hora”, o criador do site me disse. E, de fato, o site está no ar novamente.

Como eles fizeram isso?

Parece que os desenvolvedores do site fizeram um backup da maior parte do que estava no Grooveshark:
O domínio grooveshark.io foi registrado com um nome e endereço na Ucrânia. Não sei se esse endereço é real, porque quem está por trás do novo Grooveshark usa uma empresa de serviços de domínio chamada Cloudflare para esconder a verdadeira localização de seus servidores.
Mas sempre há um jeito de ressuscitar: aprendemos com serviços como o Pirate Bay,KickassTorrents e PopcornTime que é possível fugir das autoridades internacionais e manter um portal rodando por um longo tempo.

Por que eles estão fazendo isso?

Além do fascínio pelo desafio, é difícil entender por que alguém iria se arriscar em manter um serviço que, em muitos aspectos, não tem a mesma utilidade do passado. Como o próprio Grooveshark diz em sua carta de despedida, há diversas opções legítimas e licenciadas para quem quer ouvir música de graça. E para baixar músicas ilegalmente, há maneiras mais fáceis e mais rápidas.
O novo desenvolvedor diz que já trabalhou no Grooveshark, e seu raciocínio para tentar trazer o serviço de volta era, inicialmente, “porque SIM, nós podemos. E nós queremos. Simples assim”. Eu o pressionei um pouco, e ele disse:
Claro, os detentores de direitos que passaram anos tentando derrubar o Grooveshark provavelmente farão de tudo para que ele não ressuscite. Mas o desenvolvedor por trás do grooveshark.io promete resistir: “isso vai ser uma montanha-russa, mas estamos aqui para ficar”.

Fonte: Gizmodo Brasil

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